O desafio? Metragem reduzida – 47 m² – e apenas duas janelas conferindo iluminação e ventilação naturais. A vantagem? O imóvel não é usado para moradia, sendo ocupado apenas em finais de semana, quando a proprietária, que mora em São Paulo, vai a Santa Maria assistir a cursos. A integração proposta pelos arquitetos Andrya Kohlmann e Rafael Lorentz soluciona as condições físicas do apartamento e dá funcionalidade aos ambientes.
“Optamos pela exclusão de separações físicas, como paredes ou mobiliários até o teto, que dividiriam os ambientes e fariam o apartamento parecer ainda menor”, explica Andrya. O móvel contínuo da cozinha, utilizado para embutir os eletrodomésticos, ajuda a evidenciar o conceito de uma planta livre. Da mesma forma, a TV foi presa a um painel, na lateral do imóvel, ocupando o menor espaço possível.
Para indicar o limite entre estar e dormitório, uma divisória baixa, que não afeta a integração da proposta, foi incluída. “Próximos à janela, temos dois volumes fixos: o banheiro à esquerda e o closet à direita. No centro dessa área, posicionamos o home office com uma bancada curva, que abraça a coluna existente e garante vista privilegiada para a bela paisagem do vale”, indica a arquiteta.
Cores neutras são predominantes no projeto. A proprietária, contudo, também desejava um visual impactante. “Propusemos o uso do azul marinho, que foge do comum, mas é uma cor discreta. Além disso, combina facilmente com elementos de decoração coloridos e não cansa ao longo do tempo”, conta Andrya. “Para complementar essa estética diferenciada, sugerimos uma galeria de arte na parede ao lado da entrada, que é o maior plano livre do apartamento.”
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